domingo, 16 de janeiro de 2011

Você se SURPREENDE?


Valorizar-se é fundamental!

Porém viver numa espécie de “torre de marfim”, inatingível, ou colocar-se num pedestal olhando tudo e todos do alto, significa outra coisa: prepotência, medo ou hábito.
 
Isso cria a armadilha de que nada e nem ninguém estará à 
altura o suficiente. Agimos assim por receio de nos frustrarmos.
O nossos grandes inimigos são: expectativa e hábito.
 
Idealizamos situações e pessoas e esperamos que as mesmas correspondam às idéias pré-formadas. Por mais que neguemos, sempre criamos expectativas.
 
Então deixo aqui uma sugestão: a de aceitar a vida... as coisas e pessoas como elas são simplesmente. E não como achamos que são, ou como gostaríamos que fossem.
De permitir que cada situação, evento, ou pessoa seja uma surpresa, um enigma a ser desvendado.

Ao longo da nossa caminhada, vamos perdendo a capacidade de nos admirarmos com as coisas do mundo. Nos deixamos absorver pelo cotidiano, e a admiração pela vida acaba sendo reprimida. Tudo passa ser “lugar comum”.
Nos fechamos em nossas torres... e o restante: coisa comum!

Para as crianças tudo é sempre uma descoberta... e regada a muita admiração.
Para as crianças... qualquer coisa é sempre possível... até que alguém diga o contrário.
E por que perdemos essa capacidade?
Será que já sabemos tudo sobre tudo?
Imaginem uma situação:
Um casal estão com seu filho de dois anos  na cozinha tomando café da manhã. A mamãe levanta-se e vira-se para pia. Então o papai levanta-se da cadeira, olha para o filho, sorri e... começa a flutuar sob o teto da cozinha.
O que vocês acham que a criança diria?
Talvez: “ Papai voaaando!”
Na certa a criança ficaria espantada (admirada). Mas ficar espantada para ela não é novidade, afinal o papai faz tantas coisas estranhas todos os dias, como fazer a barba com aparelhinho esquisito, subir no telhado para virar a antena...
Mas e a mamãe, como vocês acham que reagiria?
No mínimo deixaria cair qualquer coisa que estivesse segurando e soltaria um grito de pavor.
Talvez precisasse até de um calmante.  Mas por que vocês acham que a mãe e o filho reagiriam de maneira tão diferente?
Simples... gravem isso!

É uma questão de... HÁBITO. 

A mamãe aprendeu que as pessoas não podem voar. A criança não.
A criança ainda não tem muita certeza do que é possível ou não neste mundo.
Mas e quanto ao mundo propriamente dito, eu pergunto a vocês? Vocês acham que ele é possível?
O mundo também fica pairando livremente no espaço.
O triste de tudo isso é que, à medida que crescemos, nos acostumamos não apenas com a lei da gravidade, mas nos acostumamos com o mundo em si. Lugar comum.
E passamos a comandar nossos atos pelos hábitos.
Quando qualquer ação passa a ser governada pelo hábito, ela perde seu sentido, e pode causar danos.
 
Jamais deixem que o hábito comande seus movimentos!
E numa escala de zero a 10, como está a sua capacidade de se deixar surpreender 
com o MUNDO?